domingo, 6 de setembro de 2009

Tudo é possível sem você.


Dia cinza, tempo fechado. O barulho da chuva caindo do telhado parecia uma canção de ninar. E você se lembra dos nossos sonhos de tirar o sapato, dar as mãos e sair correndo na chuva? É, eu me lembro. E de fato, tudo não passava de mais um sonho.

Hoje, lembro das nossas conversas, dos nossos apelidos, e até das nossas juras de amor, e isso só me faz sorrir. Sim, sorrir. Sorrir do quão besta eu era em acreditar em suas palavras frias e vazias sem conteúdo algum. E você ainda é babaca o bastante de achar que ainda me faz bem? Não se engane, eu quero viver. Aliás, eu quero renascer. Vou virar outra página da minha vida, e apagar todas as lembranças da nossa fútil história de amor.

Vim para esse mundo de tanta inveja e mentira, com uma missão a ser cumprida. E a certeza que eu tenho, é que parte da minha missão, é ter o prazer de te ver ajoelhada em meus pés pedindo para voltar, pedindo perdão. De te ver passando pela mesma situação que eu. E eu vou estender minhas mãos a você, virar as costas e simplesmente te ignorar.

Vou te salvar da morte, mas não da solidão.

E agora eu te pergunto: Que valor você deu à mim, ao meu amor? Que valor deu à todas as minhas lágrimas derramadas por você, à todas as vezes que insisti em nós? Em que parte você foi aquela que sempre me prometeu me mostrar a felicidade e a vontade de viver? Em que parte você foi a mulher que eu sempre quis pra mim? Agora é a minha vez de viver, a minha vez de sorrir. E a sua hora de chorar sozinha sem ninguém, infelizmente chegou. Desculpa, mas isso é consequência de todo o mal que me causou. Que morras sozinha na solidão! Sem mais.

Ps: Dedico esse texto à minha amiga Amanda.

(Gabriel Brandi, 06/09/2009)